quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Educação física criativa.

Nossas ultimas aulas foram muito divertidas pelo fato de todos participarem e jogarem kinect. Dançamos, rimos, tomamos tererê, gritamos e outras coisas. Mas o que surpreende a todos é que estávamos todos unidos. Além de ser divertido acredito que perdemos algumas calorias, haha, até porque suamos muito e praticamos algum exercício. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Os Lusíadas em HQ.

Isso mesmo minha gente, agora o livro é em quadrinhos. Aqueles que tinham preguiça de ler ou até mesmo não gostaram do livro agora tem uma forma mais divertida e rápida de ler. Eu particularmente adorei a ideia, acabei lendo e recomendo.
Segue os cantos IX e X — A Ilha dos Amores.








Relato Pessoal

Eduarda Arfer Jurum Juntá Tuxá
Índia Tuxá,18 anos.
Sou mulher, jovem, indígena do povo Tuxá, cotista e estudante de Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana, ingressei nesta instituição através do processo seletivo de 2012.1, a partir daí, abri meus olhos para um novo mundo: o mundo universitário.

Cheguei aqui com uma bagagem pesada por anseios, vontades, ilusões e, além disso, com a certeza que trago um diferencial, a responsabilidade que tenho com a história, não apenas com o povo Tuxá, qual pertenço, mas com os povos indígenas como um todo, com a história de luta vivida ao longo dos tempos.

Ao bater na porta da universidade a primeira coisa que pensei foi: E agora, Tupã? Como posso enfrentar o monstro do preconceito, que já é tão comum nas ruas? Aqui não há de ser diferente, então, logo pensei:Aqui deve ser diferente, sim! São pessoas intelectuais, cheias de cultura, universitários, certo?! E aí é que está o problema, eu me enganei!

Assim,como em todos os lugares por onde meus pés pisaram,encontrei aqui também o respeito e o preconceito, opondo-se entre si. De cara somos bombardeados por uma enxurrada de perguntas descontextualizadas do que realmente somos, e agente ainda meio tonto vai respondendo coisas como: “Não, eu não sou do Amazonas”, “Não, eu não moro em oca”, “Não, eu não ando nua lá”, “Não, agente não só come peixe e mandioca” e por aí segue, daí eu me pergunto, porque será que não retificam as perguntas?Poxa! Eu quero também poder dar respostas positivas!

Qual é? Que é isso? Agente vive essa ditadura há séculos! Estereotipados no imaginário dos Brasileiros, índio selvagem, índio burro, tira índio daqui, coloca índio ali, índio, o sinônimo de preguiça. E o índio que tem a difícil missão de enfrentar os centros urbanos, as universidades, em busca de dar o sinal de alerta:“Oi, estamos aqui! Estamos morrendo, estamos perdendo nossas terras pra fazendeiros, produtores de cana! Acorda, mais uma hidrelétrica quer levar nossa mãe terra”, é este índio, o ousado, que tomba de cara com o racismo e a discriminação.

O render-se ou o lutar é a maior de todas as nossas dúvidas, somos nós, universitários indígenas que abrimos alas para uma mudança na história, eu quero o meu povo aqui dentro e em todas as outras universidades, sejam públicas, privadas ou federais, eu quero poder dizer que também somos capazes, tão iguais e merecedores de voz e vez como todos os outros; Lembro-me da fala do meu parente Pataxó, estudante da UFBA, em que ele diz querer Índios doutores e não doutores em índio; é nessa frase que mora o nosso sonho, poder no futuro contar nossa luta à nossa maneira, no olhar de quem vê de dentro, e não dos olhos azuis que tantas vezes nos corrompe.

Se formos diminuídos, ignorados ou questionados dentro dos corredores ou nas salas de aulas, isso não é importante, o preconceito mora na casa da ignorância, e essa luta nós venceremos ao lado de Tupã, diferente do que pensam alguns, somos índios também em essência, nada tira de nós ou corrompe o que somos, o conhecimento aqui adquirido não apaga a sabedoria expressa na água doce de pote que bebi na minha aldeia, mas soma-se a ele.

Acredito que a cada estudante indígena que ingressa neste meio universitário é uma nova oportunidade para romper com estas falsas ideias de que índio bom é o índio distante, que não questiona, o índio enfeitado na estante ou preso nas telas de um belo quadro, pois, índio bom,para mim, é aquele que luta e se mostra presente!

Soneto à lua


Por que tens, por que tens olhos escuros E mãos lânguidas, loucas e sem fim Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim Impuro, como o bem que está nos puros?  
Que paixão fez-te os lábios tão maduros Num rosto como o teu criança assim Quem te criou tão boa para o ruim E tão fatal para os meus versos duros?  
Fugaz, com que direito tens-me presa A alma que por ti soluça nua E não és Tatiana e nem Teresa:  
E és tampouco a mulher que anda na rua Vagabunda, patética, indefesa Ó minha branca e pequenina lua!
Comentário: Este é um soneto que traz muitos adjetivos para uma coisa que é considerada tão pequena na imensidão do nosso universo, mas que é facilmente percebida pelos olhos apaixonados.  
Há metáfora, antítese e comparação em várias partes, mas destaquei apenas algumas. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

As formigas em HQ



As formigas

Quando minha prima e eu descemos do táxi já era quase noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas ovaladas, iguais a dois olhos tristes, um deles vazado por uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da prima.
- É sinistro.
Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um preço melhor a duas pobres estudantes, com liberdade de usar o fogareiro no quarto, a dona nos avisara por telefone que podíamos fazer refeições ligeiras com a condição de não provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando a creolina.
- Pelo menos não vi sinal de barata – disse minha prima.
A dona era uma velha balofa, de peruca mais negra do que a asa da graúna. Vestia um desbotado pijama de seda japonesa e tinha as unhas aduncas recobertas por uma crosta de esmalte vermelho-escuro descascado nas pontas encardidas. Acendeu um charutinho.
- É você que estuda medicina? – perguntou soprando a fumaça na minha
direção.
- Estudo direito. Medicina é ela.
A mulher nos examinou com indiferença. Devia estar pensando em outra coisa quando soltou uma baforada tão densa que precisei desviar a cara. A saleta era escura, atulhada de móveis velhos, desparelhados. No sofá de palhinha furada no assento, duas almofadas que pareciam ter sido feitas com os restos de um antigo vestido, os bordados salpicados de vidrilho.
- Vou mostrar o quarto, fica no sótão – disse ela em meio a um acesso de tosse. Fez um sinal para que a seguíssemos.
- O inquilino antes de vocês também estudava medicina, tinha um caixotinho de ossos que esqueceu aqui, estava sempre mexendo neles.
Minha prima voltou-se: – Um caixote de ossos?
A mulher não respondeu, concentrada no esforço de subir a estreita escada de caracol que ia dar no quarto. Acendeu a luz. O quarto não podia ser menor, com o teto em declive tão acentuado que nesse trecho teríamos que entrar de gatinhas. Duas camas, dois armários e uma cadeira de palhinha pintada de dourado. No ângulo onde o teto quase se encontrava com o assoa(ho, estava um caixotinho coberto com um pedaço de plástico. Minha prima largou a mala e pondo-se de joelhos puxou o caixotinho pela alça de corda. Levantou o plástico. Parecia fascinada.
- Mas que ossos tão miudinhos! São de criança? – Ele disse que eram de adulto. De um anão.
- De um anão? É mesmo, a gente vê que já estão formados… Mas que maravilha, é raro à beça esqueleto de anão. E tão limpo, olha aí admirou-se ela. Trouxe na ponta dos dedos um pequeno crânio de uma brancura de cal. – Tão perfeito, todos os dentinhos!
- Eu ia jogar tudo no lixo, mas se você se interessa pode ficar com ele. O banheiro é aqui ao lado, só vocês é que vão usar, tenho o meu lá embaixo. Banho quente, extra. Telefone, também. Café das sete às nove, deixo a mesa posta na cozinha com a garrafa térmica, fechem bem a garrafa – recomendou coçando a cabeça. A peruca se deslocou ligeiramente. Soltou uma baforada final: – Não deixem a porta aberta senão meu gato foge.
Ficamos nos olhando e rindo enquanto ouvíamos o barulho dos seus chinelos de salto na escada. E a tosse encatarrada. Esvaziei a mala, dependurei a blusa amarrotada num cabide que enfiei num vão da veneziana. prendi na parede, com durex, uma gravura de Grassmann e sentei meu urso de pelúcia em cima do travesseiro. Fiquei vendo minha prima subir na cadeira, desatarraxar a lâmpada fraquíssima que pendia de um fio solitário no meio do teto e no lugar atarraxar uma lâmpada de duzentas velas que tirou da sacola. C quarto ficou mais alegre. Em compensação, agora a gente podia ver que a roupa de cama não era tão alva assim, alva era a pequena tíbia que ela tirou de dentro do caixotinho. Examinou-a. Tirou uma vértebra e olhou pelo buraco tão reduzido como o aro de um anel. Guardou-as com a delicadeza com que se amontoam ovos numa caixa.
- Um anão. Raríssimo, entende? E acho que não falta nenhum ossinho, vou trazer as ligaduras, quero ver se no fim da semana começo a montar ele.
Abrimos uma lata de sardinha que comemos com pão, minha prima tinha sempre alguma lata escondida, costumava estudar até a madrugada e depois fazia sua ceia. Quando acabou o pão, abriu um pacote de bolacha Maria.
- De onde vem esse cheiro? – perguntei farejando. Fui até o caixotinho, voltei, cheirei o assoalho.
- Você não está sentindo um cheiro meio ardido?
- É de bolor. A casa inteira cheira assim – ela disse. E puxou o caixotinho para debaixo da cama.
No sonho, um anão louro de colete xadrez e cabelo repartido no meio entrou no quarto fumando charuto. Sentou-se na cama da minha prima, cruzou as perninhas e ali ficou muito sério, vendo-a dormir. Eu quis gritar, tem um anão no quarto!, mas acordei antes. A luz estava acesa. Ajoelhada no chão, ainda vestida, minha prima olhava fixamente algum ponto do assoalho.
- Que é que você está fazendo aí? – perguntei.
- Essas formigas. Apareceram de repente, já enturmadas. Tão decididas, está vendo?
Levantei e dei com as formigas pequenas e ruivas que entravam em trilha espessa pela fresta debaixo da porta, atravessavam o quarto, subiam pela parede do caixotinho de ossos e desembocavam lá dentro, disciplinadas como um exército em marcha exemplar.
- São milhares, nunca vi tanta formiga assim. E não tem trilha de volta, só de ida – estranhei.
- Só de ida.
Contei-lhe meu pesadelo com o anão sentado em sua cama.
- Está debaixo dela – disse minha prima e puxou para fora o caixotinho.
Levantou o plástico.
- Preto de formiga! Me dá o vidro de álcool.
- Deve ter sobrado alguma coisa aí nesses ossos e elas descobriram, formiga descobre tudo. Se eu fosse você, levava isso lá pra fora.
- Mas os ossos estão completamente limpos, eu já disse. Não ficou nem um fiapo de cartilagem, limpíssimos. Queria saber o que essas bandidas vêm fuçar aqui.
Respingou fartamente o álcool em todo o caixote. Em seguida, calçou os sapatos e, como uma equilibrista andando no fio de arame, foi pisando firme, um pé diante do outro na trilha de formigas. Foi e voltou duas vezes. Apagou o cigarro. Puxou a cadeira. E ficou olhando dentro do caixotinho.
- Esquisito. Muito esquisito. – O quê?
- Me lembro que botei o crânio em cima da pilha, me lembro que até calcei ele com as omoplatas para não rolar. E agora ele está aí no chão do caixote, com uma omoplata de cada lado. Por acaso você mexeu aqui?
- Deus me livre, tenho nojo de osso! Ainda mais de anão.
Ela cobriu o caixotinho com o plástico, empurrou-o com o pé e levou o fogareiro para a mesa, era a hora do seu chá. No chão, a trilha de formigas mortas era agora uma fita escura que encolheu. Uma formiguinha que escapou da matança passou perto do meu pé, já ia esmagá-la quando vi que levava as mãos à cabeça, como uma pessoa desesperada. Deixei-a sumir numa fresta do assoalho.
Voltei a sonhar aflitivamente, mas dessa vez foi o antigo pesadelo com os exames, o professor fazendo uma pergunta atrás da outra e eu muda diante do único ponto que não tinha, estudado. As seis horas o despertador disparou veementemente. Travei a campanhia. Minha prima dormia com a cabeça coberta. No banheiro, olhei com atenção para as paredes, para o chão de cimento, à procura delas. Não vi nenhuma. Voltei pisando na ponta dos pés e então entreabri as folhas da veneziana. O cheiro suspeito da noite tinha desaparecido. Olhei para o chão: desaparecera também a trilha do exército massacrado. Espiei debaixo da cama e não vi o menor movimento de formigas no caixotinho coberto.
Quando cheguei por volta das sete da noite, minha prima já estava no quarto. Achei-a tão abatida que carreguei no sal da omelete, tinha a pressão baixa. Comemos num silêncio voraz. Então me lembrei.
- E as formigas?
- Até agora, nenhuma.
- Você varreu as mortas? Ela ficou me olhando.
- Não varri nada, estava exausta. Não foi você que varreu?
- Eu?! Quando acordei, não tinha nem sinal de formiga nesse chão, estava certa que antes de deitar você juntou tudo… Mas, então, quem?!
Ela apertou os olhos estrábicos, ficava estrábica quando se preocupava.
- Muito esquisito mesmo. Esquisitíssimo.
Fui buscar o tablete de chocolate e perto da porta senti de novo o cheiro, mas seria bolor? Não me parecia um cheiro assim inocente, quis chamar a atenção da minha prima para esse aspecto, mas ela estava tão deprimida que achei melhor ficar quieta. Espargi água-de-colônia Flor de Maçã por todo o quarto (e se ele cheirasse como um pomar?) e fui deitar cedo. Tive o segundo tipo de sonho, que competia nas repetições com o tal sonho da prova oral, nele eu marcava encontro com dois namora dos ao mesmo tempo. E no mesmo lugar. Chegava o primeiro e minha aflição era levá-lo embora dali antes que chegasse o segundo. O segundo, desta vez, era o anão. Quando só restou o oco de silêncio e sombra, a voz da minha prima me fisgou e me trouxe para a superfície. Abri os olhos com esforço. Ela estava sentada na beira da minha cama, de pijama e completamente estrábica.
- Elas voltaram.
- Quem?
- As formigas. Só atacam de noite, antes da madrugada. Estão todas aí de novo. A trilha da véspera, intensa, fechada, seguia o antigo percurso da porta até o caixotinho de ossos por onde subia na mesma formação até desformigar lá dentro. Sem caminho de volta.
- E os ossos?
Ela se enrolou no cobertor, estava tremendo.
- Aí é que está o mistério. Aconteceu uma coisa, não entendo mais nada!
Acordei pra fazer pipi, devia ser umas três horas. Na volta, senti que no quarto tinha algo mais, está me entendendo? Olhei pro chão e vi a fila dura de formigas, você se lembra? Não tinha nenhuma quando chegamos. Fui ver o caixotinho, todas se trançando lá dentro, lógico, mas não foi isso o que quase me fez cair pra trás, tem uma coisa mais grave: é que os ossos estão mesmo mudando de posição, eu já desconfiava mas agora estou certa, pouco a pouco eles estão… Estão se organizando.
- Como, se organizando?
Ela ficou pensativa. Comecei a tremer de frio, peguei uma ponta do seu cobertor. Cobri meu urso com o lençol.
- Você lembra, o crânio entre as omoplatas, não deixei ele assim. Agora é a coluna vertebral quejá está quase formada, uma vértebra atrás da outra, cada ossinho tomando o seu lugar, alguém do ramo está montando o esqueleto, mais um pouco e… Venha ver!
- Credo, não quero ver nada. Estão colando o anão, é isso?
Ficamos olhando a trilha rapidíssima, tão apertada que nela não caberia sequer um grão de poeira. Pulei-a com o maior cuidado quando fui esquentar o chá. Uma formiguinha desgarrada (a mesma daquela noite?) sacudia a cabeça entre as mãos. Comecei a rir e tanto que se o chão não estivesse ocupado, rolaria por ali de tanto rir. Dormimos juntas na minha cama. Ela dormia ainda quando saí para a primeira aula. No chão, nem sombra de formiga, mortas e vivas desapareciam com a luz do dia.
Voltei tarde essa noite, um colega tinha se casado e teve festa. Vim animada, com vontade de cantar, passei da conta. Só na escada é que me lembrei: o anão. Minha prima arrastara a mesa para a porta e estudava com o bule fumegando no fogareiro.
- Hoje não vou dormir, quero ficar de vigia – ela avisou. O assoalho ainda estava limpo. Me abracei ao urso.
- Estou com medo.
Ela foi buscar uma pílula para atenuar minha ressaca, me fez engolir a pílula com um gole de chá e ajudou a me despir.
- Fico vigiando, pode dormir sossegada. Por enquanto não apareceu nenhuma, não está na hora delas, é daqui a pouco que começa. Examinei com a lupa debaixo da porta, sabe que não consigo descobrir de onde brotam?
Tombei na cama, acho que nem respondi. No topo da escada o anão me agarrou pelos pulsos e rodopiou comigo até o quarto, Acorda, acorda! Demorei para reconhecer minha prima que me segurava pelos cotovelos. Estava lívida. E vesga.
- Voltaram – ela disse.
Apertei entre as mãos a cabeça dolorida.
- Estão aí? – Ela falava num tom miúdo, como se uma formiguinha falasse com sua voz.
- Acabei dormindo em cima da mesa, estava exausta. Quando acordei, a trilha já estava em plena movimentação. Então fui ver o caixotinho, aconteceu o que eu esperava…
- O que foi? Fala depressa, o que foi?
Ela firmou o olhar oblíquo no caixotinho debaixo da cama.
- Estão mesmo montando ele. E rapidamente, entende? O esqueleto já está inteiro, só falta o fêmur. E os ossinhos da mão esquerda, fazem isso num instante. Vamos embora daqui.
- Você está falando sério?
- Vamos embora, já arrumei as malas.
A mesa estava limpa e vazios os armários escancarados.
- Mas sair assim, de madrugada? Podemos sair assim?
- Imediatamente, melhor não esperar que a bruxa acorde. Vamos, levanta!
- E para onde a gente vai?
- Não interessa, depois a gente vê. Vamos, vista isto, temos que sair antes que o anão fique pronto.
Olhei de longe a trilha: nunca elas me pareceram tão rápidas. Calcei os sapatos, descolei a gravura da parede, enfiei o urso no bolso da japona e fomos arrastando as malas pelas escadas, mais intenso o cheiro que vinha do quarto, deixamos a porta aberta. Foi o gato que miou comprido ou foi um grito?
No céu, as últimas estrelas já empalideciam. Quando encarei a casa, só a janela vazada nos via, o outro olho era penumbra.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A-m-o-r

"Mas tudo acontece por uma razão, e acho que nós não fomos feitos um pro outro. Mas isso é uma coisa da qual não temos controle, isso é o que o destino é.” Eminem. 

Por favor.


Rascunho de nós

“falando em lápis
você bem que podia
me desenhar ao seu lado
eu jamais me importaria
em ter meu rascunho finalizado.”
Poeticências

É a vida.

“Se ser criança fosse bom, não desejaríamos crescer logo. Se ser adolescente fosse bom, não esperaríamos tanto pra ser maior de idade. Se ser adulto fosse bom, não iríamos querer tanto voltar no tempo. Não é questão de idade, nem de tempo. Não é a fase que é ruim, é a vida.” João Pedro Bueno, Sabedorias.

"Mas aí concluí: felicidade não é algo que se planeja."


 Desprovida

sábado, 10 de novembro de 2012

A Chapeuzinho Vermelho Atualizada

 A Rebelde Chapeuzinho Vermelho

             Era uma vez uma bela moça, chamada chapeuzinho. Sua família era simples, mas sua avó materna tinha muito dinheiro. Chapeuzinho era uma adolescente rebelde, pois não aceitava que sua avó negasse roupas, joias e coisas que ela pedia. Como seus pais não se interessavam muito pela filha, ela começava cada vez mais se revoltar. 
             Um dia, sua avó que gostava de ir a bailes da terceira idade, teve uma parada cardíaca, devido a sua avançada idade. Ao parar no hospital, era preciso de algum acompanhante, mas sua filha e seu genro estavam trabalhando. Então a mãe de chapeuzinho mandou-a a cuidar da avó. 
             Quando ela chegou, se deparou com um lindo e atencioso enfermeiro, que levou um susto ao vê-la, pois seu estilo era desagradável. Chapeuzinho foi ate a cama da avó e perguntou por que estava tão pálida e logo pensou que os remédios não estavam mais fazendo efeito. O enfermeiro que era responsável pela avó estava presente quase todos os dias, fazendo que ele se interessasse pela moça.
          Mesmo com a piora da avó chapeuzinho não mudava, e ao ouvir a declaração apaixonada, do enfermeiro o ignorou. Muito decepcionado, ele não desistia de ficar com ela, que nunca dava ouvidos para o que o enfermeiro falava. Um certo dia ele chegou no quarto e anunciou para chapeuzinho que sua avo tinha poucos dias de vida, a menina que não dava atenção para sua avó, começou a ficar triste, pois no fundo do seu coração ela amava  a avo. 
            Os dias se passaram, e a avo de chapeuzinho veio a falecer. Entristecida, ela se deparou com a solidão, que era acalmada pelo sentimento bondoso do enfermeiro. Um longo tempo após o falecimento da avó chapeuzinho mudou seu jeito, ela foi motivada pelo enfermeiro que estava ao seu lado sempre lhe dando conselhos e incentivos. 
                Mesmo sendo ignorante e rebelde, ela percebeu que o amor é capaz de mudar uma vida, e valorizar o homem que não desistiu dela. Apesar de perder a avó sem se desculpar, ela aprendeu a lição e acabou arrependida para sempre.

domingo, 4 de novembro de 2012

Mãe, eu te amo!


Como não ter vergonha?


Classificação dos Adjetivos

Notícia — Enem

             Marcos Mendes de Arruda, 37 anos foi preso por fazer a prova por um amigo, sem cobrar. Com um documento falso tudo ocorria bem se não fosse por ele ser conhecido dos PMs, um deles viu Arruda e decidiu investigar, e assim que Arruda terminou a prova foi preso. Ler mais sobre em Preso com documento falso, homem diz que fez Enem para amigo


             O que leva um homem de 37 anos a fazer Enem para um amigo? É falta de caráter e não só dele como do "amigo". Amigo entre aspas sim, pois um amigo não faria isso sabendo o risco que o outro iria correr. E falta de caráter por não pensar, tem tantas pessoas que gostariam de ter feito, tantos atrasados ou que esqueceram um documento, ou até mesmo aqueles que não tem uma boa renda e não estudou, porque uma pessoa que estuda, tem condições para fazer perde essa oportunidade? Eis a resposta: Ignorância.